Archive for outubro 2011

animatic

UPDATE: Pra quem não sabe, animatic é a maneira mais rápida e fácil de visualizar o seu filme, antes que ele seja produzido, de fato. Seria o storyboard animado, já com alguns efeitos sonoros, transições, etc.

Com o storyboard você consegue visualizar as cenas de um modo geral (como vai ser o enquadramento, os planos), mas isso não te dá uma ideia clara do tempo da narração. Com o animatic você resolve isso.

tirinhas

UPDATE: Na história em quadrinhos do André Kitagawa, a gente tinha os desenhos dessas tiras, mas as falas eram totalmente ilegíveis. Aconteceu então do Kleber, desenhista aqui da Fábrica, fazer esses desenhos com uma resolução bacana e depois inventou umas falas para essas figuras. As piadas surgiram por acaso.
E, francamente, achei genial.

teste de cor

backgrounds




sobre o projeto

Olá a você que está lendo isto.

A ideia deste blog é documentar o desenvolvimento do curta-metragem "Mentiras são contadas julho", história originalmente publicada em HQ, com roteiro de Rogério Vilela e arte de André Kitagawa. Pra um início fiel a história original, deixo o depoimento dos dois sobre o quadrinho.

"A história aconteceu através de um sonho induzido. Um garoto sobre um dos braços do Cristo Redentor; ninguém sabe como chegou lá, ninguém sabe o motivo. A imagem me veio uma noite, não sei qual, antes de dormir e achei que era um bom ponto de partida para uma história sobre a inocência. Dormi com a intenção de segui-la, dentro do sono e, quando acordei, não fiquei surpreso ao perceber que ela estava completa, movimentos de câmeras e enquadramentos incluídos."
Rogério Vilela, roteiro

"Esta foi a segunda vez que desenhei um roteiro de outra pessoa; desta vez, foi uma experiência bem diferente. Além de ser uma história completa, fui levado a decupá-lo de uma maneira bastante original, alcançando resultados inesperados e animadores. Vilela sugeriu a utilização de uma grade fixa de 4x3 quadrinhos. Ao fazer os primeiros esboços, percebi que a melhor maneira de lidar, com os vários fluxos que cortam a história seria desenhá-los separadamente, em pequenas sequências de quadrinhos, e, em seguida, recortá-los para jogá-los na grade na sequência ideal. Essa montagem me deu liberdade de experimentar várias combinações, sugerindo novas ideias, algumas até não previstas no roteiro. Desenhei as molduras dos quadrinhos e digitalizei-as. Daí, fiz o lápis, com grafite B e HB, e a arte-final, com um pincel japonês de pêlos sintéticos e tinta nanquim japonesa, de cada quadrinho, em separado; no Adobe Photoshop, os desenhos foram inseridos nas molduras. O traço segue um estilo bem naturalista com alguma leve caricaturização. Imprimi a arte-final num tom bem claro; sobre esta impressão, seguindo os traços, dei umas pinceladas de tinta acrílica, usando branco e preto. Digitalizei as pinceladas e joguei-as sobre a arte-final, em camadas separadas. Cada quadrinho recebeu um tratamento diferenciado. Utilizando todo um leque de recursos do programa, cada camada foi alterada em sua forma, transparência e saturação de cor (cinza ou laranja). Usei as ferramentas Aerógrafo, Pincel, Borracha e Balde, além de recursos de Controles de Níveis, Saturação de Cores e Opacidade."
André Kitagawa, arte